Criado pela Lei 9533 de 09 de janeiro
de 1991 e desmembrado do Município de Palmital, Laranjal completa hoje, dia 09
de janeiro, 26 anos de emancipação.
Breve Histórico
A ocupação da região onde se localiza o Município de Laranjal iniciou na
década de 30, quando surgiram os primeiros pioneiros atraídos pelas terras
férteis e preços acessíveis. Esses viam principalmente da região de Guarapuava,
gaúchos e descendentes de famílias de origem européia, como italianos,
poloneses, ucranianos e alemães, imprimindo fortemente sua tradição e cultura
na região.
No início do desbravamento da região a floresta nativa, composta principalmente
por araucárias e outras madeira de lei, foi derrubada em grande quantidade, era
queimada ou deixada até apodrecer, uma vez que a atividade principal era a
cultivo de milho, arroz, feijão, trigo e cultivos de porcos de forma extensiva.
Posteriormente foram instaladas grandes serrarias para o beneficiamento da
madeira e indústrias moveleiras. Atualmente a atividade agropecuária é à base
de sustentação do Município.
As companhias loteadoras foram Engenharia Codal e o Banco Nacional. Laranjal
foi instalado como município através da Lei Estadual nº9533 de 09 de janeiro de
1991, sendo desmembrado do município de Palmital.
De acordo com a história, o nome Laranjal é de origem geográfica, em referência
ao Ribeirão Laranjal que cruza o território do município e ao tempo da
colonização era comum encontrar extensos laranjais nativos. (FERREIRA, 2006)
Formação Administrativa do Município de Laranjal.
Gestão - Prefeito
1993 a 1996 - Riolando Caetano de Freitas
1997 a 2000 -Vicente José Costa
2001 a 2004 - Riolando Caetano de Freitas
2005 a 2008 - Juvenal Taborda de Miranda
2009 a 2012 - João Elinton Dutra
2013 a 2016 - João Elinton Dutra
2017 a 2020 - Josmar Moreira Pereira
Fonte: Prefeitura Municipal
Localização
A cidade de Laranjal está a uma altitude de 470 metros acima do nível do
mar, nas coordenadas Latitude 24º53'12” Hemisfério Sul e Longitude 58º28'10”
Oeste de Greenwich (figuras 1.1.1 e 1.1.2) segundo dados do Serviço Social
Autônomo PARANACIDADE.
A área de Laranjal é de 555,093 km² (mapa 01), segundo o IBGE, fazendo limite
com os municípios: ao norte com Nova Cantu, a oeste com Palmital, a sul Nova
Laranjeiras, a sudoeste com Diamante do Sul e a noroeste com Altamira do
Paraná. (figura 1.1.3).
O acesso ao Município acontece principalmente pela PR-364. As principais
distâncias da cidade de Laranjal são: Pitanga 97,9 km, Cascavel 150 km,
Guarapuava 178 km, Palmas 305 km e Curitiba 420 km.
Região de Laranjal
Mesorregião
Na divisão territorial do IBGE, o município de Laranjal pertence à
Mesorregião Centro Sul Paranaense, localizada em toda sua extensão territorial
no Terceiro Planalto[1], o qual é constituído por derrames basálticos. Possui
relevo suavemente ondulado, abrangendo uma área de 2.638.104 hectares, o que
corresponde a aproximadamente 13% do território estadual e faz fronteira ao norte
com a Mesorregião Norte Central, a noroeste com a Mesorregião Centro Ocidental,
a oeste com a Mesorregião Oeste, a sudeste com a Mesorregião Sudeste e a sul
com o Estado de Santa Catarina. Constituída por 29 municípios, dos quais se
destacam Guarapuava, Palmas e Pitanga em função de suas dimensões populacionais
e níveis de polarização.
Com toda sua extensão no Terceiro Planalto do Paraná, a Mesorregião Centro Sul
apresenta conformação da paisagem bastante uniforme, determinada pelas formas
de mesetas (pequenos planaltos) e patamares (planaltos pouco elevados, em geral
arenoso) e relevo de altas declividades, entre 25% e 50%.
Na maior parte do território ocorre o clima Subtropical Úmido
Mesotérmico (Cfb), de verões frescos e geadas severas e frequentes, sem estação
seca. A temperatura média anual é de 16ºC, sendo as principais médias anuais de
temperatura dos meses mais quentes inferiores a 22ºC, e dos meses mais frios,
inferior a 18º. As chuvas entre 1.600 e 1.900 mm e umidade relativa do ar de
85% sem deficiência hídrica. Nos locais de menor altitude, ao longo dos vales
dos rios Ivaí, Piquiri, Iguaçu e Jordão, ocorre o Clima Subtropical Úmido
Mesotérmico (Cfa), de verões quentes, geadas pouco frequentes e chuvas com
tendências de concentração nos meses de verão. As médias anuais de temperatura
dos meses mais quentes são superior a 22ºC, e dos meses mais frios inferior a
18ºC. Os índices pluviométricos ficam entre 1.600 mm e 1.900mm, e umidade
relativa do ar de 80%, sem deficiência hídrica (IPARDES, 2004).
A região encontra-se nos domínios fitogeográficos de três biomas distintos, dos
quais a Floresta Ombrófila Mista (FOM) é dominante, ocorrendo, ainda, Campos
Naturais (CAM) e Floresta Estacional Semidecidual (FES).
Com relação ao potencial hídrico das águas superficiais, a região é favorecida
pela presença de três bacias hidrográficas, dos rios Iguaçu, Piquiri e Ivaí,
todos com curso parcial na mesorregião. (IPARDES, 2004)
O serviço educacional público da Mesorregião Centro Sul atende a região com 84%
do total de equipamentos de pré-escola, 95% do total de escolas com ensino
fundamental e 87% do total de instituições de ensino médio. Todos os municípios
contam com pelo menos um equipamento público de ensino no nível de pré-escola,
fundamental e médio. Quanto ao ensino superior, a maior parte é de instituições
particulares, distribuídas em cinco municípios: Guarapuava, Laranjeiras do Sul,
Palmas, Pitanga e Quedas do Iguaçu.
Quanto à oferta de emprego formal, a região destaca-se na produção de mobiliário
e no setor madeireiro, sendo este último o direcionador para outro setor de
importância na participação no emprego da indústria, a indústria de papel e
gráfica. O setor público, na área de administração e ensino, foi outro
impulsionador de empregos uma vez que os municípios passam a se estruturar.
Apesar disso, esta mesorregião é a que apresenta maior dependência de
atividades agropecuárias, embora parte dos municípios apresente uma agricultura
dinâmica, a atividade familiar de caráter tradicional com baixa capacidade de
renda ainda é a base estruturadora ocupacional.
A participação da agricultura familiar corresponde a 86,1% dos ocupados,
92,9% da categoria membros da família, 29,8% dos empregados permanentes e 56,6%
dos empregados temporários. Mesmo não sendo um fator de força econômica da
região, a agricultara familiar é um fator considerável na estrutura ocupacional
da região. De modo geral, a agricultura demonstra-se pouco diversificada, com
predominância de milho e soja na maioria dos municípios da mesorregião e nos
demais milho, soja e erva mate.
A mesorregião possui instituições e fundações de pesquisas que visam o
desenvolvimento, com destaque para as experiências institucionais de Ciência,
Tecnologia e Inovação (CT&I), e se encontra instalada no município pólo em
parceria com a Prefeitura e Universidade Local e outras entidades com forte
Atuação da região. O Centro de Desenvolvimento Educacional e Tecnológico de
Guarapuava (Cedeteg) abriga a Incubadora Tecnológica de Guarapuava que visa apoio
ao desenvolvimento local/regional.
O sistema viário da mesorregião Centro Sul é estruturado pela rodovia federal
BR-277 ligando Foz do Iguaçu a Paranaguá. Há ainda ligação com a Rodovia
Transparaguai que da rumo à fronteira com a Bolívia que tem ligação com o Peru,
constituindo, portanto parte da Rodovia Transversal Pan-americana, que
possibilita acesso desses países a portos brasileiros no Atlântico. A rodovia
BR-277 ainda ramifica-se permitindo acesso as demais mesorregiões através da
BR-466, BR-373 e BR-158. As ferrovias da mesorregião Centro Sul atingem 248 km
de extensão total e foram construídas pela empresa Estrada de Ferro Paraná
Oeste S/A (Ferroeste), sendo atualmente responsabilidade do consórcio Ferrovia
Paraná S/A (Ferropar). As áreas de produção agrícola intensiva dependem do
transporte de cargas a granel, sendo as estradas de ferro a modalidade mais
viável para esse tipo de transporte. Dos três aeroportos públicos, apenas um
não é asfaltado e operam visualmente ou por instrumentos, quanto aos aeródromos
privados, existem 4 na mesorregião.
Histórico
A mesorregião Centro Sul integra a vasta região chamada “Paraná Tradicional”,
cuja história de ocupação foi desencadeada no séc.XVII com o ciclo do ouro, o
troperismo, a exploração da erva-mate e a madeira. A região teve sua história
guiada pelas atividades econômicas tradicionais, de cunho extensivo e
extrativo, fazendo uso das vastas áreas de campos naturais. Percebe-se que de
modo geral, a região sempre esteve associada à exploração predatória e
rudimentar dos recursos naturais.
“Adicionalmente, as sucessivas atividades econômicas predominantes no
Centro-Sul basearam-se, via de regra, em grandes propriedades rurais, que
praticavam, também, uma agricultura de subsistência, sempre com o recurso da
mão-de-obra escrava e do trabalho familiar. A junção de todas essas
características da sociedade campeira – tradicional, patriarcal e
latifundiária, fundada sobre bases econômicas estreitas e de baixo dinamismo –
a uma quase total ausência de vias de comunicação funcionou, por um longo
período, como um mecanismo de entrave à integração viária da região com outras
áreas mais dinâmicas do Estado, freando a ocupação regional em larga escala e
mantendo escassa sua população ” (IPARDES, 2004: pg. 23).
Nesse processo de baixo adensamento populacional, no início da década de 1970 a
mesorregião abrigava 338mil habitantes, uma das regiões menos populosas do
Estado e com menor grau de urbanização, a maior parte dessa população
representava os residentes do meio rural.
Dadas as características estruturais da base produtiva regional, essencialmente
assentada na pecuária extensiva e na exploração da madeira, com o predomínio de
grandes propriedades agrícolas, a inserção da mesorregião no processo de
modernização da agropecuária paranaense dos anos 70 foi mais lenta, tendo
atuado, inclusive, como fronteira interna de ocupação, absorvendo fluxos
populacionais vindos de outras regiões do Paraná, em particular do norte e do
oeste (IPARDES, 2004).
Entre 1970 e 1980 a mesorregião obteve considerável crescimento populacional,
ficando acima da média do estado, especialmente nas áreas urbanas. Nas décadas
seguintes houve redução populacional no meio rural da região, movimento inverso
da década anterior, assim como na área urbana que exprimiu taxas declinantes,
diferentemente da outras microrregiões paranaenses. Mais recentemente, em 2000
o Centro Sul abrigava uma das mais elevadas proporções de população rural do
Paraná.
Características PopulacionaisApesar de as áreas urbanas terem evidenciado
ritmos expressivos de crescimentos populacional – provocando aumentos
paulatinos no grau de urbanização regional -, o conjunto da mesorregião
experimentou taxas declinantes, diferentemente da maior parte das mesorregiões
paranaenses. Como consequência dessa dinâmica, o peso populacional da região no
total do Estado permaneceu baixo e estável nas três últimas décadas do século
XX, ainda que seja necessário destacar que, em 2000, o Centro Sul abrigava uma
das mais elevadas proporções de população rural do Paraná, 11,7%% (IPARDES
2004).
A mesorregião do Centro Sul do Paranaense, evidenciou expressivas taxas de
crescimento da população total na década de 70, predominando uma população
rural. A inserção na modernização agrícola foi mais lenta que de outras
mesorregiões do Estado, com isso, a trajetória de urbanização foi bem menos
intensa, sendo que em 2000, quase 70% dos municípios ainda não haviam alcançado
50% de grau de urbanização.
Desenvolvimento Humano
A rede de cidades da mesorregião Centro-Sul articula um conjunto de 29 centros,
dos quais apenas Guarapuava possuía, em 2000, população total superior a
150.000 habitantes, e população urbana da ordem de 141,7 mil. Com elevado
desnível, é seguindo por outros cincos municípios situados na classe entre 20
mil e 50 mil habitantes, dos quais somente Palmas e Laranjeiras do Sul possuíam
população urbana também entre 20 mil e 50 mil habitantes em 2000. Guarapuava e
esses cinco municípios concentravam 58,4% da população total e 60,6% da
população urbana mesorregional. Do restante da população, 38,4% localizava-se
nos 19 municípios com população total entre 5 mil e 20 mil habitantes, sendo
que, deles, apenas oito tinham mais de 5 mil habitantes na área urbana,
concentrando 28,5% da população urbana da mesorregião. Outros 18 municípios com
população urbana inferior a 5 mil habitantes possuíam 10,9% da população
urbana. Ressalta-se que, entre eles, Mato Rico, Coronel Domingos Soares e Porto
Barreiro tinham menos de mil moradores nas áreas urbanas, sendo que o último
representa o extremo inferior, com 412 habitantes urbanos. (IPARDES 2004)
“Dentre as dinâmicas impulsionadoras pela urbanização, chama a atenção o
elevado número de desmembramentos que vem ocorrendo na mesorregião. Dos 29
municípios, 10 já estavam instalados em 1970; dois foram criados entre 1970 e
1990; e 17 após 1990. Esse elevado fracionamento político-territorial pode ter
continuidade devido à grande extensão dos municípios da mesorregião” (IPARDES,
2000 – Leituras Regionais Mesorregião Geográfica Centro-Sul paranaense.
É importante destacar que a variação do índice entre 1991 e 2000 foi bastante
positiva para conjunto dos municípios, acompanhando a melhora generalizada do
Estado, sem, contudo representar mudanças mais favoráveis, uma vez que, em sua
maioria, os municípios continuam ocupando as posições mais baixas do ranking
estadual. Guarapuava (0,773) é o município que se encontra mais próximo da
média do Paraná, confirmando que sua condição mais urbanizada e de pólo
regional assegura oferta, ainda que não suficiente, de empregos e serviços.
Laranjeiras do Sul e Palmas, outros dois centros de maior concentração urbana,
registram indicadores que os aproxima de Guarapuava, ainda que situados no
conjunto de municípios que registram IDH-M inferior não só à média do Paraná,
como à do Brasil (0,733) (IPARDES, 2004). Laranjal assim como outros municípios
que compõem a linha norte da mesorregião e ainda Rio Bonito do Iguaçu mais a
oeste, apresentam índices de desenvolvimento desfavoráveis.
Cabe ainda destacar que a composição social dessa mesorregião tem uma
característica particular, por incorporar, com maior intensidade, dois
segmentos sociais que realizam trajetórias marcadas pelas dificuldades de
superação da pobreza, Nessa mesorregião estão concentrados 61,7% das áreas
indígenas e 41,7% das áreas de assentamento do Estado. Em 23 dos 29 municípios
existem projetos de assentamento, porém as maiores áreas, assim como o maior
número de famílias assentadas, distribuem-se entre os municípios de Rio Bonito
do Iguaçu, Pitanga, Cantagalo e Honório Serpa.
“A construção do índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) tem
particular importância ao expor as desigualdades de forma abrangente e
comparativa, permitindo que diferenças nos indicadores possam se tornar
instigadoras da gestão pública.” (IPARDES-2004).
O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano das cidades que compõem a região na
sua maioria é menor que a média do Estado (0,787) apresentando média em torno
de 0,706.
As condições
de saneamento básico apresentam descompasso entre a oferta de água e
esgotamento sanitário adequado, enquanto que 95,1% dos domicílios da região são
atendidos de rede geral de abastecimento e apenas 31% são atendidos de rede
geral de esgoto. Essa condição coloca a cobertura da região muito abaixo do
patamar médio estadual, de 45,9%. (figura 1.2.5 e 1.2.6)
De acordo com classificação do IPARDES (2003), a tipologia dos municípios
segundo indicadores socioeconômicos e demográficos no período de 1991/2000 a região
apresenta três classificações, médio, médio alto e alto Grau de
desenvolvimento. Laranjal apresenta classificação médio grau de
desenvolvimento.
Particularmente os componentes do IDH-M esperança de vida ao nascer, taxa de
alfabetização de adultos, taxa de frequência escolar (pessoas de 7 a 22 anos de
idade) e renda per capita -, observa-se que, no âmbito do Estado, o melhor
desempenho está associado à realização das políticas públicas, especialmente na
área de educação. Vale notar que, entre 1991 e 2000, os ganhos no IDH-M tiveram
forte influência desse componente, que apresentou um desempenho
comparativamente bem superior aos demais. (IPARDES, 2003: p.35)
Características da Estrutura ProdutivaA estrutura fundiária – estruturada em
latifúndio/minifúndio, e a característica dos recursos naturais da Mesorregião
Centro-Sul foi o que formou o desempenho da agropecuária. O processo produtivo
nessa mesorregião ocorreu marginalmente no início da década de 70, época mais
ativa no que diz respeito a créditos para políticas de subsídio e incorporação
do progresso técnico na produção agrícola do Estado. Durante cinco anos no
início da década de 80, o Centro-Sul funcionou como fronteira interna,
recebendo pequenos agricultores deslocados das regiões de agricultura mais
dinâmica. (IPARDES, 2004)
Considerando o desempenho produtivo da mesorregião, na década de noventa, os
rendimentos por unidade foram os determinantes da evolução do volume produzido.
É exemplo a área cultivada com lavouras temporárias, que cresceu, entre 1990 e
2001, apenas 6%, enquanto o volume produzido praticamente dobrou. As principais
lavouras da região, milho e soja, tiveram aumento de produção de 122% e 81%,
respectivamente, no período considerado. No caso do milho, esse aumento foi
determinado, exclusivamente, por aumento no rendimento, pois a área colhida
diminuiu 2%. Essas informações revelam que as restrições com relação à oferta e
o custo do crédito rural oficial, verificadas nessa década, não interferiram no
processo de modernização das condições de produção. Mas devem ter influenciado
o crescimento da produção de milho e soja, pois para esses produtos as
indústrias criaram esquemas alternativos de financiamento, como, por exemplo, a
compra antecipada da produção. (IPARDES, 2003: p.76)
Em relação aos efetivos da pecuária, a maior participação da região está em
ovinos/caprinos, apesar da queda entre 1990 e 2001. O rebanho bovino mostrou
desempenho favorável e a região aumentou a participação em relação ao rebanho
estadual. Nos produtos de origem animal, o destaque é a produção de lã, em que
a região, mesmo perdendo participação, é a principal produtora do Estado.
(Ibidem, 2003: p.76)
Turismo
A região apresenta pequeno potencial turístico, porém o emprego formal gerado
nas atividades diretamente ligadas ao turismo no ano de 2000 teve destaque na
ocupação de postos de trabalho. A atividade turística da região ainda é
primitiva e meramente complementar a atividade de outros setores e seu
amadurecimento se dará com o tempo.
O Vale do Iguaçu é uma das rotas para a prática de turismo ecológico que vem
demonstrando grande interesse no Brasil. Desde 1999 a Copel desenvolveu estudos
junto à Eco Paraná (2002) para a reciclagem dos canteiros de obras e estruturas
remanescentes das represas instaladas ao longo do vale do rio Iguaçu, com o
intuito de levantar as potencialidades locais da região. A análise apontou a
necessidade de melhorias para alavancar o destino turístico alternativo na
região, interligando e aproveitando a vila de Faxinal do Céu e os reservatórios
de Foz do Areia, Segado, Foz do Chopin, Salto Caxias, Salto Osório e Salto
Santiago. (IPARDES, 2003)
Há ainda, na região trabalhos de salvamento arqueológico coordenados pela
equipe do Museu Paranaense, com a organização de expedições de campo para a
investigação e coleta de materiais na procura de sítios pré-históricos. Também
por iniciativa da Copel, projetos de impacto ambiental e de educação ambiental
têm sido adotados por exigências de práticas de sustentabilidade do uso de
usinas hidrelétricas, que poderão ser incorporadas em projetos turismo.
(IPARDES, 2003)
Finanças Públicas Municipais
A composição das receitas mostra o grau de dependência dos municípios,
independentemente do tamanho populacional dos recursos advindos das
transferências do governo federal. Para os municípios de porte médio, com
população entre 20 mil e 100 mil habitantes, os recursos estaduais adquirem
maior peso. Mesmo assim posicionam-se como segunda fonte de receitas, seguida
pela participação dos recursos próprios arrecadados. (IPARDES, 2004)
Os municípios de pequeno porte (até 20 mil habitantes), os recursos de
transferência, tanto federal como estadual, são fundamentais para a manutenção
das suas atividades de custeio e de investimentos. Os municípios médios mantêm
nas transferências do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e ICMS
(Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços), as mais
importantes fontes de recursos, mostrando, assim, uma igualdade entre os dois
tamanhos de municípios, em função da origem da receita. (IPARDES, 2004).
As finanças dos municípios apresentam nítida diferenciação em função do número
de habitantes e do volume de recursos a eles destinados, que se reflete em
maior receita média per capita para aqueles municípios com menor população em
relação aos demais. Isso decorre do fato de as transferências se basearem num
patamar mínimo de população para a realização do cálculo de alíquotas.
(IPARDES, 2004).
MicrorregiãoAinda de acordo com a divisão territorial do IBGE, Laranjal pertence
à Microrregião de Pitanga, com seis municípios e uma população total de 82.063
habitantes, sendo 35.115 habitantes de Pitanga.
Dos 6 municípios da microrregião, 3 tem menos de 10 mil habitantes, 2
municípios 10.001 a 20.000 hab. e apenas 1 município entre 20.001 e menos de
100mil habitantes. Isso demonstra uma atomização dos recursos nessa região, com
dificuldades para a maioria dos municípios em manter sua estrutura de serviços.
Municípios que compõe a Microrregião de Pitanga e população residente em 2007.
Município
População
Boa Ventura do São
Roque
6.952
Laranjal
6.410
Mato
Rico
4.235
Palmital
15.699
Pitanga
35.115
Santa Maria do
Oeste
11.590
Associação dos Municípios
O Município de Laranjal está associado à AMOCENTRO, a qual é composta de 14
municípios, tendo como cidade pólo o Município de Pitanga, podendo ser acessada
pelo Anel de Integração do Estado através da Rodovia BR-277. Atualmente é
presidido pelo Sr. Marcel Jayre Mendes dos Santos – Prefeito Municipal de Mato
Rico.
AMOCENTRO – Associação dos Municípios do Centro do Paraná.
Municípios AMOCENTRO
Altamira do Paraná
Mato Rico
Boa Ventura de São Roque
Nova Tebas
Campina do Simão
Palmital
Guarapuava
Pitanga
Iretama
Roncador
Laranjal
Santa Maria D’Oeste
Manoel Ribas
Turvo
Fonte: Associação dos Municípios do Paraná – AMP
Fonte: Prefeitura Municipal de Laranjal - Plano Diretor Municipal