PADRE GENIVALDO É SUSPENSO E INVESTIGAÇÕES REVELAM NOVAS VÍTIMAS DE ABUSOS NA IGREJA CATÓLICA
A Arquidiocese de Cascavel confirmou a suspensão cautelar do padre Genivaldo Oliveira dos Santos, após denúncias de abusos sexuais que culminaram em sua prisão no dia 24 de agosto, durante a “Operação Pele em Lobo de Cordeiro”, deflagrada pela Polícia Civil do Paraná.
O caso ganhou repercussão nacional e segue em investigação pelo Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes).
Principais pontos do caso
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Suspensão oficial: a medida foi anunciada em nota assinada pelo arcebispo metropolitano Dom José Mario Scalon Angonese, lida em todas as paróquias no último sábado (30).
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Novas vítimas identificadas: já são oito vítimas relacionadas ao padre Genivaldo e três ao falecido arcebispo Dom Mauro Aparecido dos Santos, morto em 2021 em decorrência da Covid-19.
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Colaboração da Igreja: a Arquidiocese declarou apoio integral às autoridades e criou um canal de acolhimento espiritual e psicológico para as vítimas.
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Família de Dom Mauro: divulgou nota pedindo respeito à memória do religioso e cautela nas análises até o fim das apurações.
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Investigações ampliadas: o secretário estadual de Segurança Pública, Hudson Teixeira, afirmou que será investigada a possível demora da Igreja em comunicar os fatos à polícia.
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Caso chocante: uma das vítimas do falecido arcebispo seria uma menina de apenas três anos, no ano de 2008, em um Cmei administrado por irmãs ligadas à Igreja.
A posição da Arquidiocese
Em comunicado oficial, a Arquidiocese ressaltou que a suspensão do padre é preventiva e temporária, garantindo o andamento das investigações e evitando novos possíveis delitos.
A instituição reforçou que “não compactua com qualquer forma de abuso” e recordou palavras do Papa Francisco: “não se pode impor silêncio a quem denuncia”.
O que vem a seguir
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Depoimentos de mais sete pessoas estão agendados para esta semana, incluindo duas supostas vítimas de Genivaldo que ainda não foram ouvidas.
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Um novo inquérito será aberto para apurar o caso da criança de 3 anos, apontada como vítima do arcebispo falecido.
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A Polícia Civil mantém o inquérito sob sigilo judicial.
Esse caso expõe mais uma vez a necessidade de respostas firmes e transparentes da Igreja Católica diante de crimes de abuso sexual cometidos dentro do clero, ao mesmo tempo em que cobra das autoridades a investigação de eventuais omissões de gestões passadas.
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