O Padre questionou, com tom de deboche, a eficácia espiritual dos orixás!
Uma declaração feita durante uma missa no último domingo (27) tem gerado forte repercussão nas redes sociais e levantado acusações de intolerância religiosa contra o padre Danilo César, da cidade de Areial, no interior da Paraíba. O sacerdote, vinculado à Diocese de Campina Grande, causou indignação ao debochar da morte da cantora Preta Gil, falecida aos 50 anos, vítima de um câncer.
Durante seu sermão, o padre fez comentários depreciativos direcionados às religiões de matriz africana, especialmente ao Candomblé. Ele questionou, com tom de deboche, a eficácia espiritual dos orixás, que são divindades cultuadas por milhões de brasileiros. “Como é o nome do pai de Preta Gil? Gilberto Gil fez uma oração aos orixás. Cadê esses orixás que não ressuscitaram Preta Gil? Já enterraram?”, afirmou.
A fala foi registrada em vídeo por fiéis presentes na missa e logo se espalhou pelas redes sociais, provocando reações de revolta. Internautas e representantes de movimentos religiosos e sociais acusaram o sacerdote de intolerância religiosa e desrespeito à dor da família da artista.
O episódio reacende o debate sobre o respeito às crenças religiosas no Brasil, país cuja Constituição garante liberdade de culto e proíbe qualquer tipo de discriminação religiosa.
O QUE DIZ A DIOCESE
Até o momento, a Diocese de Campina Grande não se manifestou oficialmente sobre o ocorrido. Já o padre Danilo César também não comentou publicamente a repercussão de suas falas.
Organizações ligadas às religiões afro-brasileiras estudam acionar o Ministério Público, alegando que a conduta do religioso pode se enquadrar como crime de intolerância religiosa, previsto na Lei nº 9.459/1997.
ASSUNTO GEROU DEBATES
O caso segue gerando debates intensos sobre liberdade de expressão, respeito às diferentes manifestações religiosas e os limites do discurso religioso dentro de templos e celebrações.
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