SERVIDOR DE PONTA GROSSA É DEMITIDO APÓS FRAUDE EM PONTO ELETRÔNICO DESCOBERTA POR CÂMERAS - CR3 por Edicarlos Mattão

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SERVIDOR DE PONTA GROSSA É DEMITIDO APÓS FRAUDE EM PONTO ELETRÔNICO DESCOBERTA POR CÂMERAS

Servidor de Ponta Grossa é flagrado batendo ponto sem trabalhar e é demitido por justa causa

Servidor de Ponta Grossa é flagrado batendo ponto sem trabalhar e é demitido por justa causa

Um escândalo envolvendo um servidor público concursado da Prefeitura de Ponta Grossa (PR), nos Campos Gerais do Paraná, veio à tona após câmeras de segurança registrarem o momento em que Luciano Gaspar Daru, de 56 anos, entra no prédio público usando camiseta, bermuda e chinelo, apenas para bater o ponto e ir embora. A cena, ocorrida em uma sexta-feira, dia 14 de março de 2025, foi essencial para a abertura de uma investigação que revelou um esquema de fraude que se arrastava há pelo menos dois anos.

Segundo a Polícia Civil do Paraná (PC-PR), Luciano foi indiciado pelo crime de inserção de dados falsos em sistemas da administração pública, com objetivo de obter vantagem indevida — delito que prevê pena de 2 a 12 anos de reclusão, além de multa.

A investigação apontou que o servidor teria simulado o cumprimento de jornada de trabalho entre agosto de 2023 e junho de 2025, indo ao local apenas para registrar presença, mas deixando o prédio em seguida. Um vídeo mostra claramente que ele permaneceu apenas 1 minuto e 15 segundos no imóvel antes de sair. Câmeras externas também captaram sua movimentação no estacionamento, comprovando que ele foi embora sem exercer qualquer função.

O delegado responsável pelo caso, Derick Moura Jorge, afirmou que o próprio Luciano confessou, em depoimento, que cometeu a prática em várias ocasiões. “Durante todo esse período, ele continuou recebendo sua remuneração integral, sem realizar o trabalho. Estimamos um prejuízo de pelo menos R$ 33 mil aos cofres públicos”, destacou.

A postura incomum do servidor, circulando pelas dependências da repartição em trajes informais, foi o que despertou a desconfiança de colegas e levou ao início da apuração.

Com a comprovação do esquema, Luciano foi demitido por justa causa. A defesa do ex-servidor informou que não irá se manifestar neste momento e que a resposta será apresentada no curso do processo judicial.

O caso gera repercussão e levanta debates sobre a fiscalização do ponto eletrônico em órgãos públicos e a responsabilidade na gestão de recursos humanos da administração.